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14 de out. de 2007

Metáfora para cura acelerada

Robert W. Fletcher

As metáforas terapêuticas podem ser, muitas vezes, usadas junto com o tratamento médico convencional para acelerar o processo de cura. O que se segue é uma metáfora que eu usei com muito sucesso algumas vezes. A história se inspirou numa experiência que eu tive quando rapaz, num navio que se dirigia para o sul do Pacífico, durante a Guerra da Coréia.

Muitos anos atrás, um dos meus assistentes veio à minha sala, por volta da 1:30 da tarde, muito agitado. Parecendo muito perturbado, ele pediu para sair mais cedo. Sua irmã de 21 anos tinha se envolvido num acidente de carro e foi levada para o hospital numa condição crítica. Ela teve lacerações na pele, duas costelas quebradas, um pulmão perfurado e consideráveis contusões. Ele sabia que eu havia assistido, no último fim de semana, ao seminário sobre Metáforas Terapêuticas com Tom Best e me perguntou se não existia alguma coisa que eu pudesse fazer para ajudá-lo.

Eu disse, "Me fale sobre a sua irmã." Ele disse que ela trabalhava como modelo numa loja de roupas e que adorava esquiar e velejar. Eu criei a história da metáfora a seguir que nós rapidamente anotamos numa folha. Ele foi para o hospital e lhe contou a metáfora enquanto ela estava deitada na sala de emergência. Naquele momento ela estava apenas semiconsciente.

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Uma vez, eu fiz uma viagem num grande navio de São Francisco para o Japão, via Honolulu no Havaí. Três dias depois da partida, em pleno oceano, o barco se deparou com uma tempestade que logo se transformou num tremendo tufão. O capitão, a princípio, pensou que ele podia enfrentar a tempestade, mas logo descobriu que o melhor que podia fazer era tentar escapar dela. Quando ele tentou desviar o navio da tempestade, o navio foi atingido por uma parede de água que quase o fez virar. A parte de trás do navio foi erguida para fora da água e desceu com tanta força que entortou o eixo de aço inoxidável da hélice. A sacudida na carga provocou um furo na lateral do navio, num dos porões de carga, inundando o compartimento e enfraquecendo o casco em diversos lugares.

O Capitão que pensava rápido, imediatamente convocou uma reunião de todos os chefes das equipes (inclusive, mas não limitado ao Chefe Engenheiro, Chefe Encanador e das Caldeiras, Chefe de Manutenção, Chefe da Limpeza, Chefe da Nutrição e Saúde, bem como do seu Navegador e o responsável pelo Radar). Ele falou a todos sobre o perigo imediato que o navio corria e sobre a força da tempestade. Então, ele deu as seguintes instruções:

"Chefe Engenheiro, faça a sua equipe parar o motor #1 ou todo o navio vai vibrar. Verifique e aperte todos os mancais, verifique e lubrifique todos as instalações de óleo, e tenha certeza de que todas as partes móveis sejam mantidas lubrificadas durante a tempestade. Aperte todas as conexões, e fique atento para as tensões, superaquecimentos e defeitos. Estabeleça vigias 24 horas por dia em todos os sistemas."

"Chefe Encanador e das Caldeiras, faça a sua equipe verificar todas as válvulas, apertar todas as conexões, trocar qualquer cano rachado ou frouxo, e estabelecer um turno de 24 horas para vigiar todas os indicadores de pressão e válvulas. Mantenha todas as pressões dentro dos limites indicados."

"Chefe de Manutenção, estabeleça uma equipe especial para reparos. Vá até o compartimento invadido e com um equipamento de mergulho solde o buraco no casco. Use qualquer material ou equipamento que você necessitar da sala de suprimentos para reforçar a estrutura e tornar o navio seguro de novo. Depois bombeie toda a água do compartimento inundado. Designe equipes de prontidão para ter certeza de que estes reparos sejam mantidos durante a tempestade."

"Chefe da Limpeza, envie uma equipe para o porão atingido tão logo ele esteja seguro e ponha em ordem os entulhos. Limpe com muita água e deixe tudo seco. Acelere a limpeza normal de todos os compartimentos, esvaziando, diversas vezes ao dia, os contêiners de lixo dos passageiros. Tenha certeza de que nada é deixado no navio que possa contaminar ou fazer os passageiros ficarem doentes."

"Chefe da Nutrição e Saúde, mude a dieta, tanto da tripulação como dos passageiros, para uma que seja mais condizente com a energia necessária para manter a saúde durante o restante da tempestade. Nós não podemos deixar os passageiros ficarem doentes e, evidente, a tripulação deve ser mantida com boa saúde."

Chefe de Navegação, assinale um novo curso que irá nos afastar dessa tempestade tão rápido quanto possível com os menores danos possíveis."

"Chefe do Radar, faça uma varredura no oceano e na linha costeira a procura de rochas, outros navios ou qualquer outra coisa que possa se intrometer no caminho do navio e retardar a sua chegada a um porto seguro."

Como resultado da decisão rápida do Capitão e das ações que foram tomadas pelos chefes das equipes, o navio foi capaz de se afastar rapidamente da tempestade, fazer os reparos finais no porto de Honolulu e continuar a sua jornada para o Japão. Todos os passageiros estavam seguros e foram capazes não apenas sobreviver a essa aventura, mas também se divertiram bastante no restante da viagem.

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O acidente ocorreu na tarde de terça-feira. Na manhã seguinte, o buraco no pulmão dela estava completamente fechado. Eles lhe deram alta do hospital na quinta-feira e, na segunda-feira seguinte, ela já estava de volta ao seu trabalho de modelo.

Eu contei essa história para outra mulher que estava indo para uma cirurgia de remoção de um cálculo biliar. Ela foi operada na quarta-feira (com uma incisão de 20 centímetros abaixo da caixa torácica) e retornou ao trabalho na segunda-feira seguinte.

Eu também usei essa história com uma mulher com pouco mais de 50 anos que precisava de uma histerectomia. O médico avisou que ela devia considerar um período de recuperação de 6 semanas a 6 meses. Quando, após 3 semanas, ela retornou para um check-up, o médico com grande prazer lhe anunciou que ela estava completamente curada e que podia retornar as suas atividades normais. Como antes da operação ela estava planejando um acampamento no alto das Montanhas Rochosas, andando a cavalo, ela perguntou quanto tempo tinha que esperar antes de fazer essa viagem. Ele lhe respondeu "A qualquer hora que você quiser. Enquanto você se sentir bem, ótimo." Ela me comentou, mais tarde, que acompanhou o marido até em cima das montanhas numa viagem de dois dias sem nenhum incômodo causado pela cirurgia.

O último exemplo, usando essa metáfora, é a de um homem de cerca de 60 anos que estava indo para uma cirurgia de implante de um bypass quádruplo no coração. De novo, ele foi liberado mais cedo e se recuperou muito mais rápido do que o esperado.

Eu tenho usado variações dessa história em todas as espécies de doenças e, até agora, tenho tido curas aceleradas em todos os casos.

Durante a demonstração de um programa de alergia interna/externa em 5 de janeiro de 1989 no workshop da Western States Training Association para Practitioners, um dos estudantes perguntou "Por que você não pode fazer o processo de reversão de câncer?" Isso me fez pensar. O resultado é a metáfora que segue.

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Num país, não muito longe daqui, vivia um grande general. Sua tarefa era proteger o país e assegurar que todos os habitantes vivessem em paz e harmonia. Para fazer isso, ele mantinha um exército em prontidão e um exército de reservistas, o qual podia ser chamado em condições especiais. Ele também mantinha um serviço secreto cujo trabalho era detectar qualquer espião ou invasores externos. Todos os membros do exército, os reservistas e os do serviço secreto foram cuidadosamente treinados para tarefas específicas designadas para cada grupo. Os membros do exército e do serviço secreto eram soldados em tempo integral, mas os membros reservistas eram civis que ocupavam, na maior parte do tempo, posições na comunidade e que foram treinados para atuar na guerra apenas em casos de emergência.

Por muitos anos, esse país viveu em paz e harmonia. Os habitantes de cada vila e cidade, bem como aqueles das grandes cidades, trabalhavam e divertiam-se juntos e viviam a vida na sua plenitude. Todos, isto é, exceto alguns membros do exército e do serviço secreto. Como eram treinados para guerra, eles começaram a ficar descontentes por não fazerem nada, apenas aguardando e não tendo nenhum lugar para usar suas altamente treinadas habilidades de guerra. Alguns deles decidiram ir para o interior e provocar algum excitamento.

Os desertores do exército partiram para uma pequena parte da zona rural e começaram a atormentar os habitantes locais. Os habitantes não tinham experiência com guerra, e assim se tornaram vítimas fáceis dos habilidosos desertores. Outros membros do exército, vendo a excitação, se evadiram e se juntaram ao esquema. Eles se vestiram com roupas iguais aos dos habitantes locais e se infiltraram nas atividades da comunidade. Eles tentaram se adaptar à comunidade, usando suas habilidades de guerreiros, mas sempre provocavam destruição no seu caminho. Os invasores se pareciam muito com os habitantes locais e eram difíceis de serem detectados.

Devagar no início, mas aumentando rapidamente, o trabalho na comunidade chegou a um impasse. Cada vez mais desertores do exército se envolviam na tentativa de conseguir a sua parte nos saques. O processo prosseguia de cidade para cidade até que um grande clamor começou a se erguer em todo o interior – um grito de alarme. O governador da área tomou consciência do problema e enviou todos os combatentes que ele pode reunir, porém, agora, os desertores do exército eram muitos e altamente habilidosos. Além disso, eles não conseguiam distinguir os desertores dos habitantes locais.

Finalmente, o governador emitiu uma solicitação ao general do exército. (O general não tinha sido avisado do problema até esse momento.) O general imediatamente tentou chamar de volta os desertores, mas eles não o obedeciam mais. Ele chamou o governante do país e este tentou convencê-los pela lógica, mas eles também não o escutaram. Os desertores somente continuavam a crescer em número e a destruir o interior. Um governante vizinho sugeriu que fosse colocada comida envenenada por todo o interior para tentar envenenar os renegados. Isso funcionou um pouco e alguns foram mortos; porém, também muitos dos habitantes locais.

O general e o governante pensaram e pensaram. Por fim, eles delinearam um plano. O general secretamente chamou seu serviço secreto especial e lhes deu um treinamento específico de como distinguir os habitantes locais dos desertores treinados para guerra. A eles foi ensinado como fazer um exame detalhado, pois existiam pequenas diferenças na constituição física. Os soldados eram mais fortes e mais ativos do que os habitantes locais. Também tinham uma expressão diferente nos olhos e padrões de respiração diferente.

O pessoal do serviço secreto especial foi instruído para colocar as roupas dos habitantes locais e se infiltrarem nas vilas e cidades, localizar os soldados desertores e injetar neles um soro especial (conhecido apenas pelo serviço secreto e o general) que os fariam dormir.

O serviço secreto iria depois levar esses soldados adormecidos para um local de retreinamento no interior onde seriam reabilitados para o seu trabalho original. Aqueles que não pudessem ser reabilitados seriam banidos do país. Os guardas do serviço secreto especial foram treinados e colocados para proteger contra qualquer repetição futura de natureza similar.

Deste modo, a paz e a ordem foram restauradas no país fazendo com que os habitantes locais das vilas, cidades, metrópoles e da totalidade do país voltassem a ficar contentes de novo. O governante estava contente, o povo estava contente e o general e o exército estavam contentes.

Robert Fletcher é professor (especializado em ensinar crianças), certificado para ensinar no grau secundário, Educação Industrial, Educação de Surdos e tem ensinado pessoas cegas e surdas nos últimos anos. Robert é Master Practitioner de PNL, hipnoterapeuta certificado e mantém uma clínica particular.

Artigo publicado na revista Anchor Point em dezembro 1993 e republicado no volume 18 número 8.

O que é um sábio?

O abade Abraão soube que perto do mosteiro de Sceta havia um sábio. Foi procurá-lo e perguntou:

"Se hoje você encontrasse uma bela mulher em sua cama, conseguiria pensar que não era uma mulher?"

"Não", respondeu o eremita. "Mas conseguiria me controlar".

O abade continuou:

"E se descobrisse moedas de ouro no deserto, conseguiria ver este ouro como se fossem pedras?"

"Não. Mas conseguiria me controlar para deixá-lo onde estavam".

"E se você fosse procurado por dois irmãos, um que o odeia, e outro que o ama, conseguiria achar que os dois são iguais?"

Com tranqüilidade, ele respondeu:

"Mesmo sofrendo, eu trataria o que me ama da mesma maneira que o que me odeia".

Naquela noite, ao voltar para o mosteiro de Sceta, Abraão falou aos seus noviços:

"Vou lhes explicar o que é um sábio. É aquele que, em vez de matar as suas paixões, consegue controlá-las".

Crise & oportunidade

Um homem vivia na beira da estrada e vendia cachorros-quentes. Não tinha rádio e, por deficiência de visão, não podia ler jornais. Em compensação, vendia bons cachorros-quentes.

Colocou um cartaz na beira da estrada, anunciando a mercadoria, e ficou por ali gritando quando alguém passava: "Olha o cachorro-quente especial!!!"

E as pessoas compravam. Com isso, aumentou os pedidos de pão e salsicha, e acabou construindo uma mercearia. Então, ao telefonar para o filho que morava em outra cidade e contar as novidades, o filho disse:

- "Pai, o senhor não tem ouvido rádio? Não tem lido jornais? Há uma crise muito séria e a situação internacional é perigosíssima!"

Diante disso, o pai pensou:

- "Meu filho estuda na universidade! Ouve rádio e lê jornais... portanto, deve saber o que está dizendo!"

Então, reduziu os pedidos de pão e salsichas, tirou o cartaz da beira da estrada, e não ficou por ali apregoando os seus cachorros-quentes. As vendas caíram do dia para a noite e ele disse ao filho:

- "Você tinha razão, meu filho, a crise é muito séria!"

Autor desconhecido

O Professor e o sabio

“Um dia, um eminente professor de filosofia foi visitar um sábio para fazer-lhe perguntas sobre Deus, meditação e mil outras coisas. Mal lhe tinha dito bom-dia, o professor começou a falar sem trégua sobre todas as filosofias, o bem, o mal, a vida...
- Você vem de longe. Permita-me servir-lhe um pouco de chá, disse o sábio.
O professor continuou a despejar suas questões sobre a morte, o inferno, o purgatório, Deus, os anjos caídos, o nirvana, Maomé, Buda...
- Tenha um pouco de paciência, disse o sábio. Quem sabe a xícara de chá talvez resolva as suas questões?
O professor começou a pensar que ele perdera seu tempo. Esse monge é esquisito. Como é que a resposta a tantas questões espirituais pode estar no fundo de um bule de chá?
O sábio verteu o chá na xícara de seu visitante. O líquido logo transbordou, inundou o pires e assim mesmo o sábio não parou de servir.
- Pare !, gritou o professor. Não está vendo que a xícara já está cheia?
- Você é como a xícara de chá, ensinou o sábio. Seu espírito está repleto de interrogações, e não há espaço para você receber uma resposta sequer da minha parte. Desde que você chegou, o fluxo das suas perguntas inundou este ambiente. Você deve voltar para casa, para dentro de si mesmo.” - Osho Rajneesh.

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